sábado, setembro 27, 2003

Kinder rato com surpresa

Eu tinha dois ratos. O Jerry e o Doyle. O Jerry morreu. Comprei outro rato. Michale Graves.
Pois então esta semana eu estava ouvindo uns barulhos muito estranhos. Parecia que o rato estava chorando. Achei estranho. Achei que o rato ia morrer. Achei que ele estava depressivo ou algo que o valha. Ainda mais porque o Graves estava de um lado da gaiola e o Doyle do outro. Normalmente eles dormem juntos.
Pois então o Graves se levanta e eu vejo...cinco coisinhas vermelhas e sem pelos, de olhos fechados, se revirando como umas larvinhas. Sim, filhotes. O Graves é uma mulher.
Mudei o nome do rato pra algo mais apropriado. Continua com nome de homem, mas este fica melhor. Davey Havok.

quarta-feira, setembro 24, 2003

terça-feira, setembro 23, 2003

É AMANHÃ!!!!
Nervosismo pouco é bobagem.
Enfim, estou na casa da Japa ainda. E indo para a minha casa agora. Se tiver saco instalo a merda da internet hoje. Não sei se estou com muita vontade. Prefiro ficar deitada viajando. Pensando merda e tal.

segunda-feira, setembro 22, 2003

Pois então eu ainda não tenho internet em casa. Sim, comprei o modem, mas ainda não instalei direito. Faltou tempo.
Sábado a Japa foi pra minha casa pra depois a gente ir pra Casa Rosa ver o show da RootsNR e da Real Sociedade. Mas no fim, a gente perdeu o ônibus e não pode ir. Ficamos em casa vendo fitas e falando merda.
Domingo a gente acordou pelas 5 da tarde. Ficamos mais um tempo na minha casa e viemos pra casa dela.
E faltam dois dias pro show. Nem acredito quase. Já avisei que não vou na aula. Vou plantar na frente do Opinião, caso a Malu não consiga descobrir o horário da passagem de som pra mim, pra tentar falar com o Jerry antes do show.
Vocês viram o template novo da Japa? Não ficou exatamente como eu queria ainda. Mas essa semana eu arrumo ele. Só colocamos no ar porque a Japa não se aguentava mais. Ficou meigo isso. Também, com esse John macio ai...Tudo xadrezinho...Cor de rosa...Só podia ficar meigo.
Agora quero terminar o meu. Com uma foto do Flea. Muito meigo. Mas na real, esse vai ser temporário. Decidi que eu preciso de um template com o Mike Patton. Já tenho até a foto escolida. Já nao vejo a hora de fazer ele de uma vez.
E só mais uma coisa: shhhhhhhhhhhhht caraleo. Onde já se viu me perguntar uma coisa daquelas! E eu me tremia. E a Clas se ria. E a Purples bebia. E Eu sem saber o que fazer e acabei sem fazer nada. Eu ando total 'perde tempo' últimamente.
Bom, vou ali ver The Osbournes.

sexta-feira, setembro 19, 2003

DeathDay 2.0 by quill18
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4 frases da manhã

O Cristian é um gay de fralda.
Visão periférica é vida.
Ele é o suco da minha caixinha e só falta me enfiar o canudinho.
"Ô, Purple...tem uma capivara no teu cabelo."
E olha como saio do hiatus. Mas só porque eu tenho algo muito engraçado para postar. Algo que me aconteceu hoje.
Estou na casa da Purples. Ela tem um livro chamado 'O Oráculo'. O negócio funciona assim: você faz uma pergunta e abre o livro na página que quiser que ele te dá uma 'resposta'. Pois eu fiz uma pergunta e olha a resposta que eu tive:

Você tirou o dez de espadas: não depende de você.

Total alt seis isso. Mas olha...fiquei feliz com isso. Óbvio que eu não acredito nessas coisas, mas foi engraçado pra caraleo. Eu aqui, me matando pra decidir o que fazer a respeito, e me vem um 'oráculo' e me diz que não depende de mim. Quase morri rindo.

Então vamos as novidades.

5 novidades

>> Comprei mais um rato. O nome dele é Michale Graves.
>> Limpei acasa. Finalmente!!!!!
>> Vou hoje comprar o modem.
>> Vou hoje, também, comprar o ingresso pro show do Misfits.
>> Acabei de fazer o layout novo da Japa. Assim que estiver com internet em casa eu coloco ele no ar.

Acho que é isso por agora. Vou indo lá que eu tenho coisas pra fazer e ainda tenho que escrever um pouco hoje.

sábado, setembro 13, 2003

Jerry Only, O rato, morreu. Chorei.
Não ando com saco pra escrever. Até porque tudo que eu consigo fazer é dormir. Não consigo sair da cama. Sabe quando tu acorda e pensa 'vou dormir só mais uma hora e então vou me levantar e fazer tudo que eu tenho que fazer'. E se passa esta uma hora e quando você acorda novamente você percebe que ainda não tem coragem de levantar? Sabe? Pois é. Eu estou vivendo assim.
E só vou falar mais uma coisa: hiatus.

segunda-feira, setembro 08, 2003

Como é divertido ter mudanças de humor a cada duas horas. Ontem, quando estava voltando para casa, depois de ter saído com o Jotapê, eu estava me sentindo bem. Muito bem. Foi só eu chegar em casa e ficar um pouco deitada, pensando ‘na vida’, que eu comecei a me sentir uma merda de novo. Preciso de alguma coisa que me faça parar de pensar. Acho que só assim pra mim não me sentir uma merda.
Hoje, de tão desanimada que eu estava, decidi não ir no show do Ratos de porão. Achei melhor ir direto para casa depois da aula, pedir pizza e ficar vendo filme. Saí da aula e fui direto pra parada de ônibus, pegar o T8 para vir pra casa. Enquanto esperava, mudei de idéia. Decidi que iria, pelo menos, na frente. Só pra ver as pessoas mesmo. Rir um pouco com eles.
Peguei um táxi e fui. Cheguei lá e encontrei todo mundo. Japa e Malu, Kverna, porção e Rodox, Léo, Rodrigo, Alemão, Diego e chucky. Cerealz e Linkin. O menino loló que eu acho gostoso. O Homero. Fiquei ali conversando com as meninas e decidi entrar no show. Comprei o ingresso e a gente entrou.
Não demorou muito e levantaram o telão. Eu e a Japa deixamos as nossas coisas (mochila e casacos) com a Malu, e fomos mais pra frente. Foi incrível como eu e a Japa conseguimos passar o tempo todo juntas e no meio do pogo. Ainda bem que eu fui. Como foi bom levar uns socos e bater nuns lolós chatos. Um cara, com uma camiseta do Rancid, enfiou a mão na bunda da Japa, no meio do pogo. Ela, pouco irritada, me avisou que ia bater no cara. Foi muito bom isso. Cada vez que o cara vinha por perto, a gente dava muitos socos nele. Até que uma hora a Japa conseguiu dar um na cara dele. Muito engraçado. A Japa GRANDE, dando um soco num cara.
Depois, quando estava no final do show a gente decidiu ir mais pra perto da grade. Ficamos ali até acabar o show. Depois do show tinha muita gente ainda ali na grade, tentando conseguir um set list. Eles passaram horas pedindo pros seguranças pegarem os set lists. Mas os caras só pegaram os da frente do palco. Até que eu vi um cara desmontando a bateria, chamei a atenção dele e pedi pra ele me conseguir um set list. Ele pegou o da bateria, dobrou bem e me entregou. Quase apanhei dos guris que estavam envolta.
Saímos e um cara muito bizarro veio nos pedir Colomy. A Japa tinha um, deu pro cara e ele nos convidou pra fumar junto. O cara era um teto. Ele já devia estar muito chapado. Ele falava uns negócios que a gente se olhava e ninguém tinha entendido o que era. Fumamos com ele e fomos pro lado do Opinião ver se eu conseguia um autografo do Fralda, baixista POUCO meigo. Sério. O cara é muito macio, o baixo dele é muito afudê e eu e a Japa só nos olhamos quando ele deu uns ‘pactupactupac you know’.
Esperamos um pouco e eles saíram. O Gordo POUCO estrela. Só deu autografo pra dois caras que estavam na frente da porta e virou as costas pro resto do pessoal. Entrou na van e foi isso. O baterista também entrou direto, mas ele tinha saído bem antes e estava conversando com os guris ali fora. O guitarrista devia estar tocando na Spacerave. Sem maldade, mas ele é igual ao guitarrista da Spacerave, que estava lá, por sinal. O mais meigo mesmo foi o fralda que se prestou a dar autografo e tirar foto com todo mundo. Isso enquanto o Gordo gritava: Vamo embora aeeee!!!!
Voltamos lá pra frente e ficamos mais um pouco conversando com os guris. Depois pegamos táxis e fomos pra casa.
Consegui um cartaz do ‘Filhos do Lobo Apresenta: Som pesado’. Olha os nomes das merdas que os guris fazem. Não perco esse show por nada. É a volta da RootsNR, depois de alguns meses parados por que ia nascer o filho do ???. Além disso, tem Real Sociedade, que eu quase não amo. E mais Burning brain, Other e Draco. Esta última eu nunca ouvi falar. Desta vez eu vou ficar pra ver a Other. Falam bem dessa banda e eu nunca fiquei pra ver um show deles.
Amanhã eu vou pra casa do Léo passar a tarde. Vamos ver filmes, ler revistinhas e beber limonada. É sério isso. A limonada da casa do Léo é a melhor. A única coisa meio nojenta é que ele mexe a limonada com a mão quando faz, dizem as más línguas. Depois eu acho que vou no Cristian devolver o filme dele e pegar uma revista emprestada. Uma que tem uma foto muito afudê do Vincent Price. Eu quero fazer xerox dessa foto. NEM vou colocar na parede.
Só mais uma coisa. Pedi para instalarem ADSL. Parece que Sexta-feira eles liberam o sinal. Mas eu ainda não tenho modem. Amanhã vou pagar o modem. Dizem que ele chega em até 5 dias úteis. Só se for em mianus. Duvido que vá chegar tão rápido assim. Veremos.

<Saída do show>

Cena: Kverna, Porção e Rodox saindo de dentro do opinião pelos fundos. Eu e a Japa achávamos que o Léo estava lá dentro com os caras. E estávamos esperando pra falar com ele.

Eu: E o léo?
Kverna: O Léo não tá lá dentro.
Eu: Não? Cadê o Léo então?
Kverna: Parece que ele tá em excursão com o Iron Maiden.

Ri POUCO disso. O Kverna tem respostas muito boas.

</Saída do show>

terça-feira, setembro 02, 2003

The Abominable Dr. Murphy

Merda! Merda! Merda! Caraleo! Bosta! Porra! Merda! Buceta! Murphy! Murphy! Murphy! Murphy! Merda! Murphy! Murphy de merda! Eu odeio o Murphy. O Murphy me odeia. Não sei quem começou a encher o saco de quem, mas acho que foi ele.
Então o dia do show do Misfits mudou. Eu já sabia disso. Mas tem uma coisa que eu não tinha percebido ainda. Não tinha ainda me caído a ficha. Com essa mudança de data os meus planos de fodem totalmente.
O show de Porto Alegre vai ser dia 24. O de São Paulo, dia 25. E o de Curitiba, dia 26. Antes o de Porto Alegre era o último. Daria tempo de eu ir para os outros dois. Mas agora, com o de São Paulo logo depois do de Porto Alegre, eu não vou mais poder ir. Eu ia de ônibus que sai mais barato. Daria tempo antes, mas agora não tem como. Só indo de avião. E ai é caro demais.
Murphy! Merda!! Velho desgraçado que não tem nada melhor pra fazer do que ficar procurando alguma forma de acabar com os meus planos. Merda! Merda! Merda!
Eu queria tanto poder ir nos três shows. Tanto. TANTO. Mas fica foda demais agora. Caro demais. Pouco tempo demais. Correria demais. Merda! Murphy ainda me paga.
Uma das grandes vantagens de se ser cara-de-pau, assim como eu sou, é não ter problema em ir conversar com estranhos. Eu, volta e meia, arrumo uma forma de me aproximar de quem eu quero. Principalmente de homens. Sempre que eu vejo um cara que me interesse, de qualquer forma, eu dou um jeito de me aproximar. Simplesmente chego do lado, cutuco o braço dele e pergunto alguma coisa qualquer que se passe pela minha cabeça.
Outra coisa que eu faço com facilidade é me pseudo-apaixonar. É quando eu conheço um cara e eu preciso beijar ele. Preciso ficar com ele de qualquer forma. Mas estas paixões nunca duram. Por isso eu as chamo de 'pseudo-paixões'. Normalmente basta eu ficar com o cara uma vez para passar a vontade de ficar com ele. Às vezes nem isso. Pode acontecer de eu ficar sabendo de alguma coisa tosca sobre o cara, e isso me faz parar de querer ficar com ele. Mas o mais natural ainda é passar depois de eu ter ficado com o cara. Isso já me aconteceu milhões de vezes. Não citarei exemplos pois não acho que seja necessário.
Eu já disse isso algumas vezes, e vou repetir mais uma vez: eu desaprendi a amar. Não consigo mais me apaixonar de verdade. Não consigo achar uma pessoa interessante por mais de algumas semanas. Parece que todo mundo é descartável. Plástico. 'Single serving'.
Provavelmente o problema seja comigo, e não com os outros. Eu não acho que as pessoas valham a pena de eu me sacrificar e tentar manter um relacionamento. Mas isso é apenas uma fachada que eu sustento por medo de rejeição. Eu paro de gostar de alguém com medo que continuar gostando e ela não gostar de mim e eu acabar quebrando a cara. Essa é a minha teoria psicológica sobre o assunto. Mas a teoria que eu realmente coloco em prática é a que diz: foda-se. Um dia eu vou conhecer alguém que me faça querer dar a cara à tapa e tentar manter um relacionamento sério.
E então ele aparece na minha vida. E eu me tremo toda. Eu fico idiota perto dele. Parece que o meu cérebro é zerado e eu sou uma completa imbecil que não sabe nada sobre porra nenhuma. Eu fico burra. Não entendo comentários óbvios. Fico lerda. E depois fico pensado: 'Ahmm? Que foi que eu disse?'
O negócio é que eu mal consigo encarar ele nos olhos. Um dia desses, a gente foi se despedir e eu não consegui olhar nos olhos dele. E foi tudo tão desconfortável. Tão duro. Mas não tinha que ser.
Eu não consigo conversar com ele por que tudo que eu quero é passar dias conversando com ele. Eu não consigo abraçar ele por que eu queria passar as noites abraçada nele, deitada com ele, dormir com ele, almoçar com ele. E tudo que eu consigo fazer é pensar nele.
Sim, mais uma das minhas pseudo-paixões. Só que esta está sendo um pouco diferente. Com os outros eu sabia o que eu queria e eu fazia alguma coisa pra conseguir tais coisas. Com ele, eu sei o que eu quero mas eu tenho medo de fazer qualquer coisa. Um tanto por vergonha. Outro tanto por medo que depois de ficar com ele, tudo passe. E com ele eu não quero que passe. Eu não quero que seja uma vez. Mas mesmo achando que eu quero ele por muito tempo, eu tenho medo que passe.
Eu nunca pensei que ia chegar o dia que eu ia gostar tanto de alguém que eu ia preferir nunca ficar com ele.
Conversas com a junkie

junkie: Quando é que tu vai comprar um celular de gente grande? Esse teu é mais um Tamagochi do que um celular. Tu e esse... TIMagochi. Tu tenta ligar, não dá. Tu tenta mandar mensagem, não dá. É só pra ficar brincando com ele mesmo.

>><<

Eu: Como assim eu fiquei com o Meleu, meu?
junkie: Tá, meu. Liga pra Cla e pergunta então. Todo mundo viu.
Eu: A Purples também?
junkie: Eu acho que a Purple não tava vendo porra nenhuma ontem.

>><<

Eu: Eu preciso de McDonalds. Busca lá pra mim.
junkie: Pede pro Meleu trazer.

>><<


junkie: Tu não tem autocontrole quando tá bêbada?
Eu: Eu fiquei com o Meleu ontem. Tu acha que isso é controle?
junkie: ‘Fiquei’, ‘Meleu’ e ‘controle’ são palavras que não podem ser usadas na mesma frase. A não ser que o controle remoto tenha ficado na mão do Meleu.

>><<

Eu: Eu preciso ir pra casa. Trás um ônibus até aqui.
junkie: Pede pro Meleu trazer.

>><<

Eu: Vamos fazer uma lista de cinco pessoas com quem eu poderia ter ficado ontem e que seria pior do que ficar com o Meleu.
junkie: Tá. O Sid.
Eu: O Sebastian. O Paulo Brito. Um loló. E...
junkie: Comigo.

>><<

Eu: Vamos fazer uma lista de dez coisas que eu poderia ter feito ontem que teria sido pior do que ficar com o Meleu.
junkie: Tu poderia ter cheirado loló. Dado em cima do Sid, a mulher dele ficar de cara e te correr de lá a vassouradas. Ter ficado lá, sem dinheiro e sem ter como voltar pra casa. Tu poderia ir pra casa com o Meleu. Tu poderia ter ficado pelada e saído correndo pela rua.

>><<

Eu: Eu preciso de (coloque qualquer coisa aqui).
junkie: Pede pro Meleu trazer.

>><<

Paula: A Cecília tá começando a falar. Ela fala ‘não’, ‘tchau’ e ‘abo’ quando acaba de comer.
Eu: Ela fala ‘Meleu’?
Paula: Não...

>><<

Eu: Vou ligar pra Goo.
junkie: Liga pro Meleu.
Wasted

Eu odeio estes malditos bloqueios de memória causados pelo álcool. É muito chato não lembrar das coisas. Não lembrar das conversas. Não lembrar do que aconteceu. E, no meu caso, não lembrar nem de ter ficado com alguém. A minha sorte é que eu não sou uma bêbada escandalosa. Eu fico mal, mas fico no meu cantinho.
Vamos do começo.
Sai da aula e fui direto pro Bambu’s. Cheguei lá e já comecei a tomar vinho. Seco, tinto. Encontrei a Malu e o Poeta e ficamos conversando. Depois chegou o Léo e, um pouco depois, a Dé. Foi neste momento que a merda começou.

I was so wasted

A Dé estava bebendo uma batida de leite condensado, Fanta morango (urgh!) e vodka. E o negócio estava bom. Docinho, quase não se sentia o álcool. Esse é o pior tipo de bebida que existe. Tu vai tomando e não sente. Quando percebe, se é que percebe, já está caindo de bêbado. Enfim, bebi um pouco disso. Depois me lembro da Dé me dar um copo de vinho. Suave, tinto.
E nisso chega o resto das meninas. Goo, Purples, Clas, junkie, Nicka, Aline. Não sei quem mais. A Purples levou uma garrafa de vodka e, acho eu, que ela foi totalmente consumida. E a gente continuou bebendo vinho e cerveja.

I was so fucked up
I was so macked up


Foi uma noite engraçada. Conversei com várias pessoas estranhas que eu nunca tinha visto antes. E o melhor da noite foi que eu tive o prazer de virar a cara pro Sebastian. Eu fui falar com a Purples e ele estava parado por perto. Quando eu virei o rosto na direção dele, ele veio me dar oi. Falou alguma coisa do tipo ‘E aí, guria?’ e eu simplesmente virei a cara de volta como se nem tivesse visto ele. Sério. Eu odeio esse cara. Foi um baita pau no cu com a Purples e ainda inventou que o Bruno tinha falado alguma coisa pra ele e queria bater no guri. Imbecil esse SeBostian.

I was so screwed up
I was out of my head


Um pouco depois disso que aconteceu com o Sebastian, um cara começou a puxar conversa comigo. A cara dele não me era estranha, mas eu não conseguia lembrar de onde conhecia ele. Depois de um tempo conversando com ele a Purples me falou que ele foi o cara que estressou muito ela um dia no Bambu’s e fez ela chorar de raiva. Eu percebi que foi um erro dar conversa pra ele porque agora o cara não parava de vir atrás de mim. Muito chato isso.
Depois de vários copos de vinho, aparece o Meleu. Ele foi conversar com a gente e por ali ficou. Ai começou a chover e a gente foi pra frente da farmácia. Lembro de algumas coisas que eu conversei com ele. Lembro de falar algo sobre Misfits, Danzig, Phibes, Vincent Price e filmes de terror. O Meleu também gosta do Phibes. Que meigo isso. Lembro de comprar vinho com o Meleu. Lembro de quando o cara chato veio pra perto de mim e eu falei que o cara não parava de me perseguir e o Meleu mandou ele parar de me incomodar. Lembro que o Meleu estava todo macio pra mim. E eu macia pra ele. E a última coisa que eu me lembro, é do Meleu perguntar se eu estava bem. Depois eu apaguei total. A única outra imagem que eu tenho da noite de ontem foi eu estar voltando pra casa com a junkie.

I was so jacked up
I was so drugged up


Então hoje eu acordo e a junkie faz algum comentário sobre eu ter ficado com o Meleu. Eu só pensei: COMO ASSIM??? Como assim eu fiquei com o Meleu? Como assim as pessoas me deixam conversando sozinha com o Meleu? Como assim o Meleu fica todo macio pro meu lado? Como assim eu estava macia pro Meleu também?
O negócio é que o Meleu não é uma pessoa ‘convencional’. Ele é...o Meleu. Só quem conhece sabe do que eu estou falando. O cara é total bizarro. Ele é o cara que eu tenho a ficha número 2 pra casar, no dia que eu descobrir que tenho AIDS. (Sim, o Meleu tem AIDS.) Ele é o cara que nos salva, mesmo não sabendo disso. Santo Meleu. A gente sempre usa o nome dele quando achamos que vamos ser assaltadas. Todos os pivetes, de uma certa região de Porto Alegre, sabem quem é o Meleu e sabem que ele dá um pau em quem faz alguma coisa pros amigos dele. Volta e meia, quando tem um cara enchendo o saco, a gente chama o Meleu pra nos ‘defender’. Ele é o único loló que não fica ‘lolóóóóó’. Aparentemente, loló não tem efeito no Meleu.

I was so nebbed out
I was out of my head


A junkie, literalmente, saved my ass last night. Como ela mesmo disse, se ela tivesse me deixado lá, eu teria voltado pra casa do Meleu. Por várias horas eu fiquei pensando ‘Como assim o Meleu?’, mas o negócio é que eu ficaria com ele de novo. O cara é muito afudê. Muito engraçado. E todo meigo, quando ele quer. E é um ótimo guarda-costas. Eu não tenho problemas com o fato de ter ficado com ele. O meu problema é não lembrar disso. Esse foi o meu choque.
Mas também, que foda-se. Grande merda eu ter ficado bêbada. Grande merda se todo mundo viu que eu estava bêbada. Grande merda. Não é como se eu tivesse ‘queimado o filme’ por que eu não tenho filme por queimar. E eu não dou muita importância pra estas coisas. Mas eu realmente queria lembrar das coisas.

I was so wasted
I was waste
d

>> Trilha sonora:

Black Flag – Wasted